Última alteração: 2018-10-09
Resumo
O presente texto trata do conhecimento ancestral nominado Nhandereko próprio do povo Mbya Guarani, que equivale à expressão Bien vivir (bem viver) de matriz andina. Essas abordagens tratam da forma como esses povos organizam sua sociedade e seu modo de vida, conforme suas cosmovisões e conhecimentos ancestrais de forma transdisciplinar, conforme aponta a Flor de Soraypampa. Nesse contexto esse texto trata da perspectiva que se desenvolve no processo investigativo em curso, de como as crianças guaranis aprendem e como os professores guaranis ensinam. A pesquisa é de natureza qualitativa e documental e sua construção teórica se deu com investigação na literatura e na convivência com esse povo originário, o que se caracteriza como base para refletir o tema investigado, com base na abordagem fenomenológica Goethiana de investigação[1]. O propósito (objetivo) da pesquisa está direcionado para identificar uma compreensão do ethos Mbya Guarani como ponto de partida, para refletir a sociedade atual com relação às representações e compreensão simbólica de elementos da natureza e em especial a água. Esse povo resiste há séculos com base em sua cosmovisão a qual é combatida e desprezada pela perspectiva colonial e colonialista que impera desde a chegada dos europeus ao continente americano. Essa pesquisa também tem foco voltado para identificar, de que forma as formas de vida originárias podem contribuir para a qualidade da vida planetária na contemporaneidade.
[1] A base investigativa conforme a abordagem própria da fenomenologia Goethiana é equivalente à metodologia científica em investigações de matriz empírico-analítica, amparada na intensificação, sensibilização e percepção e incorporação de ritmos por parte do pesquisador.